segunda-feira, abril 17, 2006

“Last Split, To Be Couve Someday” – Ele já roda

Uma 2ª review oficial pré lançamento de admirável EP conjunto:

De orçamento reduzido, pois que são artistas e não apreciam o orçamento alargado (é pelo puro amor pela arte) e de distribuição restrita à intermete, este trabalho conjunto entre a banda tripeira DOPO e a banda cagueira ISABELLE CHASE OTELO SARAIVA DE CARVALHO reúne quatro pinceladas experimentais que vivem do empilhamento de pregos instrumentais e grémitos pseudo-intelecto-mentais bem bonitos. Há muito que o interesse de alguns trolhas deixou o palco e se espalhou ao comprido no laptop. O universo que nasce daqui é uma antecâmara de prazeres privados, tela que suporta rasgos de matéria e anti-matéria, com alguma crica pelo meio, bolhas nos pés provocadas por uso prolongado de chanata, que são morada de experiências psicadelisto-couvianas. "I Can See The Morrissey Marceneiro From the Window Of Your Church" é um épico à sua maneira, um tratado de quase oito minutos que tacteia sons dispersos, em vez de irromper. Mas expolde. Eventualmente. Já "We Manifest Are Love To The Sun" e a derradeira "We Taste International Chocolate Opus Dei Midnight" são como um cinematógrafo a chegar a uma aldeia sedenta de imagens, sonhos e profiteroles. "Sea Weed Is Couve" é tema para ouvir em estação espacial, antes de descolar da (in)tranquilidade do planeta verde-couve. Música que se desenvolve em vagas dadaístas e se estilhaça em momentos únicos de fruição solidária e solitária, ideal para escutar durante o acto de evacuação matinal. O sentimento intrínseco de pertença e partilha a algo místico iniciático como a sodomia, um assassinato em séria série da podridão da alma (que não é pequena), mistura pregos naive com pregos precisos de estúdio nova-iorquino à pró. É um pouco essa dicotomia que se sente ao ouvir este "Banana Split EP – Last Split, To Be Couve Some Day".» (27/10)

adaptação de DOPO a solo review por Hélder Gomes in Mondo Bizarre #25, Março de 2006 (ver no fim da Mondo Bizarre de Março naquela parte em que aparecem textos a dizer coisas bonitas sobre bandas do roque)

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