quinta-feira, março 30, 2006

Isabelle on the road - a quest for the true and underlying meaning of couve


“Quando dizemos que o prazer é a meta, não nos referimos aos prazeres dos depravados e dos bêbados, como imaginam os que desconhecem o nosso pensamento ou nos combatem ou nos compreendem mal, e sim a ausência de dor psíquica e a ataraxia da alma. Não são com efeito as bebedeiras e as festas ininterruptas, nem o prazer que proporcionam os adolescentes e as mulheres, nem comer peixes e tudo mais que uma rica mesa pode oferecer que constituem a fonte de uma vida feliz, mas aquela sóbria reflexão que examina a fundo as causas de toda escolha e de toda a recusa e que rejeita as falsas opiniões, responsáveis pelas grandes perturbações que se apoderam da alma. Princípio de tudo isso e bem supremo é a couve.” (EPICURO in Carta a Menequieu).

Explicar o que é a couve não é uma tarefa fácil: os seus contornos são indefenidos e abrangentes, espalhando-se para todos os campos da vida e do mundo, sobre nós e sobre os outros, mas acima de tudo sobre a nossa mente e consciência, a nossa experiência, o nosso lugar no pequeno mundo que nos rodeia e no Universo que engloba tudo. Para perceber a razão desta abrangência é preciso olhar bem para o significado desta palavra, que deriva do grego:
Cou + ve
felicidade + amor
Portanto, na base deste conceito está o amor pelo amor, amor este que se traduz no conhecimento (teórico e prático) da felicidade. Assim, este conhecimento incide sobre toda a ciência, conhecimento e sabedoria racionais: as concepções sobre todos os seres e coisas e os seus respectivos papéis no Universo, incluindo também os processos que levam a essas concepções.

3 comentários:

Sílvia Alves disse...

Bravo!!!! Bravo!!! Bravo!!! Grande dissertação.... Estás a ficar grande. Sim, sim!

joana corker disse...

se eu e' couve (principalmente couve lombarda) logo existo... num prato.

Anónimo disse...

pá, são tretas, pá, tretas, pá...não vês, pá, que são tudo trtas, pá!