Não só o Elvis teve uma cassete perdida, orgulhosamente recuperada pelos Isabelle em “Elvis! The Lost Tape!”. Também os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho, porventura como forma de prolongar o mito em seu torno, haviam perdido a primeira demo da banda – uma cassete gravada num velhinho e muito punk rockiano gravador de tipo tijolo, usado in illo tempore como repositório dos jogos de um Spectrum dos anos 80. Nesta cassete, estão registados, não só o primeiro e “groundbreaking” álbum de Isabelle, gravado numa longínqua tarde de sol, num longínquo verão, mas também o pouco orelhudo segundo álbum, denominado de “John Peel Sessions”, da qual apenas havia sido editado uma versão ao vivo da cover dos Smiths Big Mouth Strikes again, e o terceiro álbum, a primeira Ermo Session…
A aura desta cassete arrastou-se no tempo… Exemplar único, andou a viajar por todo o Portugal no rádio do carro do mano da Toscamista, andou de mão em mão e de pé em pé, esteve escondido nas divisões vetustas da Ermo Mansion, em Picoto dos Barbados, esteve retido em retiro espiritual num convento Budista no Tibete, não deixando qualquer rasto (nem uma carta, nem um telefonema…) nos últimos anos…
Da cassete, restava assim apenas a memória, um rasto de insanidade sonora e o mito, qual “Smile” dos Beach Boys, qual Santo Graal da música experimental portuguesa, qual tesouro dos Templários da Couve…
Neste mês de Fevereiro de 2006, eis que a cassete milagrosamente aparece… Tal foi obra de uma embaixada de cavaleiros de Camelo-Ota destinados à demanda da Santa Cassete. Esta Irmandade da cassete foi constituída por Rex, o Cão Polícia, Hércules Pirot, Professor Herrero, Indiana Jones, Indiana Patets, Peninha, Cebolinha, Apu, dos Simpsons, Lenka, do Preço Certo em Euros, espírito de Hobbit não faz o monge, Dona Isaltina, do boteco multi-usos frente à Escola Secundária José Falcão em Coimbra e Vasco Pulido Valente. Atravessaram vales e montanhas, foram ameaçados por dragões sendinistas e guerrilheiros sandinistas, intimidados pelos cavaleiros que dizem NI NI NI NI Eu Show Nico!, e bateram-se com o conhecido monstro do Loch Tá-se Ness!, até que, nos confins do mundo, por entre catatuas, onças, jacarés e muita couve, a Irmandade da Cassete encontra finalmente a mesma, tomando banhos de sol e bebendo piñas coladas, junto ao Rio Amazonas, escoltada por dois índios Pataxós… Chamada à razão pela Irmandade e presenteada com duas chamuças, um pica-pau e uma “empanada de bonito”, a Cassete acedeu em retornar para o Portugal, emigrando de vez para o Picoto dos Barbados… E viveram felizes para sempre… Fim.
A aura desta cassete arrastou-se no tempo… Exemplar único, andou a viajar por todo o Portugal no rádio do carro do mano da Toscamista, andou de mão em mão e de pé em pé, esteve escondido nas divisões vetustas da Ermo Mansion, em Picoto dos Barbados, esteve retido em retiro espiritual num convento Budista no Tibete, não deixando qualquer rasto (nem uma carta, nem um telefonema…) nos últimos anos…
Da cassete, restava assim apenas a memória, um rasto de insanidade sonora e o mito, qual “Smile” dos Beach Boys, qual Santo Graal da música experimental portuguesa, qual tesouro dos Templários da Couve…
Neste mês de Fevereiro de 2006, eis que a cassete milagrosamente aparece… Tal foi obra de uma embaixada de cavaleiros de Camelo-Ota destinados à demanda da Santa Cassete. Esta Irmandade da cassete foi constituída por Rex, o Cão Polícia, Hércules Pirot, Professor Herrero, Indiana Jones, Indiana Patets, Peninha, Cebolinha, Apu, dos Simpsons, Lenka, do Preço Certo em Euros, espírito de Hobbit não faz o monge, Dona Isaltina, do boteco multi-usos frente à Escola Secundária José Falcão em Coimbra e Vasco Pulido Valente. Atravessaram vales e montanhas, foram ameaçados por dragões sendinistas e guerrilheiros sandinistas, intimidados pelos cavaleiros que dizem NI NI NI NI Eu Show Nico!, e bateram-se com o conhecido monstro do Loch Tá-se Ness!, até que, nos confins do mundo, por entre catatuas, onças, jacarés e muita couve, a Irmandade da Cassete encontra finalmente a mesma, tomando banhos de sol e bebendo piñas coladas, junto ao Rio Amazonas, escoltada por dois índios Pataxós… Chamada à razão pela Irmandade e presenteada com duas chamuças, um pica-pau e uma “empanada de bonito”, a Cassete acedeu em retornar para o Portugal, emigrando de vez para o Picoto dos Barbados… E viveram felizes para sempre… Fim.
1 comentário:
E eu que tinha chegado a suspeitar que a cassete tinha sido visionariamente furtada pela empregada do menino miguelinho...
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