segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Isabelle concorre ao Fantas Porno com grande metragem de talo


O Fantas Porno, festival de cinema erótico-porno-chanca à bruta-alternativo de qualidade reconhecida internacionalmente está aí à porta. Os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho têm o máximo prazer orgásmico em vos convidar para a estreia mundial da película realizada e pós produzida em seu tributo. Esta obra concorre nas categorias “Cinema fantástico mesmo, pá” e “A sensibilidade do olho invisual posterior” tendo já recebido prémio do público antes mesmo da sua projecção.

Aqui vos deixo a sinopse desta “peça a tratar com muito carinho” (citando um muito notável e pseudo-intelecto crítico colaborador dos Cahiers du Cinéma) a não perder. Lá vos esperamos.

(abrir aspas com jeitinho) “Erasercouvecomtalohead” é uma ode ao cinema pornodadasurrealista. Conta a história de uma couve com cabelo espéce, uma couve incomodativa, tímida, lunática e pervertida, que habita um cinzento subúrbio rural. Filmado a preto e branco, o filme centra-se nos ambientes onde a couve se move, o seu apartamento que partilha com um talo que vive no seu radiador e lhe canta “In a Cabbage World All is Perfect”, (daí a tradução portuguesa do título do filme) ao estilo de uma canção de embalar, o apartamento do lado habitado por uma vizinha sinistra, os campos de cultivo onde o fumo e o ruído se desenham como personagens. A couve com cabelo espéce namora com uma banana que dá à luz uma criatura repugnante (quando o filme já parecia estranho o suficiente, aparece esta coisa, misto de cabbage patch kid com barriguita alien). A banana provém de uma família que é um autêntico festival grotesco e com a qual desejaríamos nunca ter algum tipo de contacto. Mesmo a banda cenoura do filme, também composta por David Caulynch-Flower (o realizador masterpieceano), se estranha (e entranha) no corpo, ajudando a criar a sensação de que estamos a observar um caleidoscópio em branco e negro de sensações bastante gay.

“Erasercouvecomtalohead” é uma fábula apocalíptica muito ao gosto de qualquer António Serzedelo caseiro onde um simples jantar de família se transforma num momento arrepiante, onde tudo nos dirige para um pesadelo rural e sufocante, culminando numa ejaculação brutal e badalhoca explicativa. Pelo menos em parte, há sempre uma gaveta do inconsciente isabellino que permanece trancada com trancada. A não perder. (e fechar as aspas)

1 comentário:

o outro gajo dos wham! disse...

DJ Couve: arranje uma foto do saco sudoestino e lance o filme "Heli-phant man".