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quarta-feira, agosto 30, 2006
terça-feira, agosto 29, 2006
Primeira review do novo e inédito album dos Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho: ”You Say Hello And I Say Bairrada”
Segundo as palavras dos próprios Isabelle Chase Otelo o som deste album é elegantemente “bruschi, spregiudicati, sporco, urgenti”. O impacto é tanto maior quanto as faixas deste álbum decorrem de um problema específico: o de encontrar modos de equilíbrio entre o encantatório poder do roque, sublinhado pelas guitarras groovy/shoegaze de O Outro Gajo dos Wham e Billy Vanilli, e a relativa placidez sonora dos pianos em vibrações funk vintage num contraponto com a voz de Abono Vox de Família. A electrónica nervosa que encontramos em algumas das faixas faz-nos pensar num Andy Warhol banana technicolor renascido por milagre do baixo ventre da santa da ladeira enquanto que nas faixas mais roque, rápidas, e plenas de sensações woodstockianas (Abono Vox canta a certo ponto: “You gotta love her/Maria da Fonte/Hey avante portugueses/Baby all night long”) fazem deste disco um documento importante para desenhar o mapa de um dos movimentos mais elucidativos da cultura conimbricense dos últimos vinte e sete anos. O cenário sacrossanto daquilo que sobreviveu ao génesis é um aparente palco cuja solenidade é inversamente proporcional às suas acanhadas dimensões e ao público que normalmente se encontra nos seus concertos.
O resultado final deste “You Say Hello And I Say Bairrada” surpreende tanto pela frondosa variedade melódica como pela abalável coerência formal. Três cançonetistas, três pontos cardeais richelieus que nos servem o mote a uma exploração mais aguda de um imenso território por onde se espraiam trepidações corporais e exércitos de chihuahuas com a capacidade frenética de um maestro em delírio pós-absoluto. Benvindos à ausência da metafísica na carnalidade do super homem isabello-nietzschiano.
sexta-feira, agosto 25, 2006
Rapto em terras de Barcelona (foi no Raval, num beco escuro).
Em declaraçöes à Lusa (catalä) o raptor/a (que se autodenominou Carmen Lolla) afirmou pretender como resgate um helicópetero, um saco de dinheiro do monopólio e um pepino grosso.
Solicita-se a ajuda da família isabellina de modo a devolver à sua muy amada pátria, Sumeca (o outro gajo dos Wham!) e a sua companheira Corkeriana.
quinta-feira, agosto 24, 2006
Isabelle na RUC
quarta-feira, agosto 23, 2006
terça-feira, agosto 22, 2006
segunda-feira, agosto 21, 2006
domingo, agosto 20, 2006
(hartelijk dank voor uw photo!)
sábado, agosto 19, 2006
quinta-feira, agosto 17, 2006
Sade Song renascerá
Um pouco de contextualização:
Erzsébet Báthory, que nasceu e morreu condessa, viveu a maior parte da vida, há muitos muitos anos, no castelo de Csejthe, acreditando-se que se babava, formando depósitos de gosma na garganta sempre que pronunciava este nome, dado o enorme esforço laríngico que era necessário para o fazer. Era ainda uma senhora húngara, muito branquinha, que muito gostava de fazer judiarias às suas criadas
O Tema:
As mãos e os braços eram fortemente atados
Com corda que vinha de Viena
E depois espancava-as até à morte
O corpo ficava negro como carvão
E a pele toda rasgada
Bridge:
Certo dia, a sra condessa pôs os dedos
Dentro da boca de uma delas
E puxou até os cantos sangrarem
Chorus:
Másh qui nada
Erzsbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero passá
Erzbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero sambá
Dorkó era quem as perfurava
E Llona Jó alimentava o lume
Punha as tenazes ao rubro
Queimava com elas a cara e nariz
Abria-lhes a boca e metia dento o ferro em brasa
Bridge:
Certo dia, a sra condessa espetou-lhe
Muitas agulhas pelo corpo todo
Só por ter roubado uma pêra.
Chorus:
Másh qui nada
Erzsbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero passá
Erzbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero sambá
Era ela própria quem arrancava
A carne com pinças e cortava os dedos
E fazia incisões nas bolhas das feridas
Cortava com tesouras as veias dos braços
E tomava lá banho
Bridge:
Havia tanto sangue que era preciso
Deitar cinza à volta da cama
Entoando cânticos por baixo das goteiras
Chorus:
Másh qui nada
Erzsbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero passá
Erzbééét, die blutgräfin
Sai da minha frente que eu quero sambá
(repetir 2x)
Isabelle é uns queridos.
terça-feira, agosto 15, 2006
domingo, agosto 13, 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
Un Chien Andalou
Os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho musicaram o classico do surrealismo, «Un chien andalou», em directo! Deliciem os vossos olhos e ouvidos nesta obra d'arte do cinema e da banda cenoura. |
Postada por Anónimo às 18:11 10 dixotes
terça-feira, agosto 08, 2006
Vanilli's vacanças travel mai log demonstrando snobisticamente a músico-compositoral erudição dos Isabelle enquanto escuta Rimsky-Korsa-Kouve
Na semana passada fui fazer Ravel lá para os lados de ponte de Sor, todo contente, lá num monte com a couve e tudo muito Verdi, daqueles adonde se Respighi ar puro. Já estava a a ficar pró naquilo e tudo e já descia àbrir assim: “Shostakovitsch! Shostakovitsch!". Eis senão Quantz, e sem nada o fazer prever e essas coisas, apanhei-me no meio de uma corrente de ar e dei um espilrro, “Tchaikovski!”, ao que alguém retorquiu, “Satie!”. Debussy-me para ver quem era… e Haydn mim… Sem querer devo ter feito qualquer coisa Mahler.. Tropecei numa bostada DeFalla, fui contra um Arvo e aquela merda Pärt - “Poulenc!”. Lá em baixo o chão tava cheio de Britten e fiquei com os joelhos todos esgaçados. É. Tive uma puta de um Mozart.
PS – A merenda nesse dia foi uma sande de Cage e um calipo de morango que Chopin todo contente pois estava o calor do catano. Ainda pensei em levar um ou outro Orff cozido, mas Bach…quando fui a ver já não tinha espaço na trouxa pa botar o Salieri e o pimenteiro.
segunda-feira, agosto 07, 2006
Vanilli’s vacanças travel mai log assim à pressa
Em route para o "Sendim’s inter és tu ó celta" Vanilli fez um pit stop overnite numa cidade lá dos cimos, ainda antes do monte mas já prolífica na couve, pernoitando este na urbanização do pachancho (mesmo mesmo à gauche da quinta das infias).
Aqui descobriu ser esta uma terra das grandes verdades universais:
Antes do orgasmo, metz.
quarta-feira, agosto 02, 2006
terça-feira, agosto 01, 2006
Diários de Che Couvara
A odisseia iniciou-se por Cuba (vide foto). Das honras diplomáticas de acolhimento de Abono fizeram parte um dj set, por parte de DJ Couve, de remisturas da frase de Fidel “tenemos que luchar contra el capitalismo ianq”, uma partida de burro em pé com Pio Leyva dos Buenavista Social Club, Fidel Castro, Abono e turista neozelandês que estava a passar, bem como uma caldeirada de búzios, regada com vinho verde tinto bruto minhoto, no seguimento do qual Fidel foi hospitalizado com o diagnóstico de uma úrsula maior no estômago.
A Cuba, seguir-se-á a Venezuela, onde já prometido está a visita a 27 padarias de emigrantes madeirenses, bem como tentativa da voz dos Isabelle entoar em uníssono com Hugo Chávez e com o Coro de pequenos cantores de Caracas “mr. donkey, borracho , genocida!”, para George W. Bush.
Também no roteiro da viagem se encontra uma visita a Cantinflas, brindado com a oferenda de uma colecção de cassetes de Canty, sua alma-gémea na outra margem do Atlântico e futuro ministro na República Popular das Couves da pasta da ordinarice, dos burros, dos homens de barba rija e de algumas mulheres de cabelo encaracolado.
A embaixada diplomática Isabelliana procurará igualmente plantar uma bandeira do Pikachu em Machu Picchu, colocar o Pinochet a fazer o pino e apertar a mão ao segundo “boy with the torno metálico inside”, Inácio Lulu-c’est moi-La da Silva.
O périplo couviano finalizar-se-á na Colômbia com a instituição do Exército de Libertação da Colômbia e/ou Couve e com uma ida ao cabeleireiro do Valderrama.