terça-feira, junho 17, 2008

Antologia do Cadáver Esquisito - Parte II: Cadáver esquisito com uma quebra nas costas

Se eu comer muita sopa de letras talvez um dia me nasça um poema na minha barriga
Para depois arrotar um romance.
Uma frase chega. E nada mais.
Porventura somente uma palavra... ou mesmo uma vírgula... ou simplesmente o silêncio...
Shiu!... Estou a pensar.
A pensar em quê?
Na relação promiscua entre o verniz desta mesa e este papel.
Vou-me embora. Estou farta de ser eu.
Muito embora ser eu seja não ser eu.
Um espelho fragmenta-se numa miríade de similitudes divergentes. Onde está o Eu?
Está aqui ao pé de mim.
Não estou não.
Sim uotse sim.
Horror! Horror!
Qualquer palavra dita duas vezes é um poema dito pelo Bruce Lee.
Uhooooh! Uhoooo! Yhahuuu! Álvaro de Campos kungfueta.
Oh pá! Acho que me enganei na sala...
Aquele trampolim não devia estar ali...
Sim, posso cair dentro de mim mesmo.


DJ Couve
O Outro Gajo dos Wham
Corkeriana

1 comentário:

ana... disse...

MARAVILHOSO, coração, MARAVILHOSO! isso foi tudo da ressaca?