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quarta-feira, novembro 29, 2006
terça-feira, novembro 28, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
Poema-coiso para Cesariny (sem influência de Jarvis Cocker)
Não ter dentes
É o maior dos surrealismos…
Cesariny,
César do Surrealismo
A parir palavras bicudas
Da boca redonda e barbuda
Presto respeitoso tributo a ti!
Como não poderia deixar de ser
Irrespeitosamente
E com gatinhos presos pelo cachaço!
A ti,
Uma mordidela no pescoço
A ti,
Um tau tau no rabinho
A ti,
Um arroto em céu aberto
A ti,
Um pino no terraço
Alçam-se, por ti, os canhões
E desfilam os notáveis da nação em tua homenagem
Tu cagas-te para isso
E eu peido-me em sintonia
domingo, novembro 26, 2006
sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Ursinho de peluche
Leco
Era amarelo
E tinhas as orelhas queimadas
Pelos bicos do fogão
O amor de uma criança
Tem destas coisas…
quinta-feira, novembro 23, 2006
Singler tease
Numa inspiradora aproximação ao conceptualismo-realista da fenomenologia musical, eis que chega esta nova aventura isabelliana. O reencontro com o grande experimentalismo dos anos 80 foi magistralmente conseguido. Billy Vanilli, para além de Jean-Michel Jarre e Eurico A. Cebolo, encontra-se com o seu, quiçá, alter-ego Mike Oldfield.
É hoje apresentado o primeiro singler, intitulado «Brahms Antártida é Marca de Chop», deste novo projecto «Grandes Êxitos das Músicas Clássicas e da Canção Portuguesa Em Organeta». Billy Vanilli, nesta música, consegue um casamento perfeito entre o calor das Terras de Vera Cruz - reflectido na referência ao chop - e a velha tradição musical europeia - daí a utilização deste andamento de Brahms. É bonito de se ouvir, deveras.
Sim, valeu a pena o sacrifício deste autor, grande ideólogo couviano, que, ao que parece, sofreu em dor como uma mãe em horas de parto.
sexta-feira, novembro 17, 2006
Novo concept album isabellino terminado
Esperando release oficial. É fazer pressing na manager. Entretanto, aqui fica o atwork e o line up. Anglo-saxonismos é bonitos.
1- Brahms Antártida é Marca de Chop (Brahms)
2- É Verga Rafas De Óleo (GNR)
3- A Prima Vera é da Família dos Vivaldis ou dos Cefalópedes? (escusado será dizer)
4- Gimnopédibola (Satie)
5- Nightchopin In Nortechopin I (isso)
6- Quando Cai a Noite na Cidália (Anabela)
7- Av. Maria de Schubert, nº 27, 1º esq, 2727 Porto Codex (portantos)
8- Os Filhos da Nação Rosas, Senhor! (Quinta do Billy)
9- Rap Sódio In Bloom (Gershwin)
10- Johan Sebastian Bajo La Presidencia de Felipe González (o neto)
11- Uma Tergiversão de Vivaldi (mais uma mas esta no frio)
12- A Cavalquíria DADA Não se Olha o Dente (Wagner)
13- Lacre & Mozer (in Requiéne Mozartiano)
14- Al binoni binoni, vem aí a polícia! (fácil, fácil)
15- Nightchopin In Nortechopin II (mais do mesmo mas diferente agora pois é outra)
16- Dynamic Mutation and its Molecular Cytogenetics Introducing Tim com ar Suíno (Resistência)
E é isso.
Cumprimentos,
Vanilli
A couve é Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho
Cá vai:
1- A couve é material. É densa. É impenetrável. Se a penetrarmos, deslocamo-la, perfuramo-la, dilaceramo-la.
2- A couve não está vazia. Está cheia de outras couves, folhas, talos, anéis, tubos, alavancas, lagartas e bichos de conta. Também está cheia dela própria: é tudo o que ela é.
3- A couve é imaterial. É um desenho, é um contorno, é uma ideia.
4- A couve é a forma de uma couve. Mas a couve é precisamente aquilo que desenha essa forma.
5- A couve é como um puro espírito: diz inteiramente respeito a ela própria e cabe nela própria, numa couve única. A couve é uma colecção de espíritos da couve.
6- A couve molha-se.
7- Se o homem é feito à imagem de deus, então deus tem uma couve. Talvez ele seja mesmo uma couve, ou a couve eminente entre todas. A couve do pensamento da couve.
8- A couve é o buliço da alma.
9- Uma couve, couves: não pode haver uma só couve e a couve traz a diferença.
10- A couve é própria: para ser própria, a couve deve ser estranha e assim tornar-se apropriada. A criança olha a sua couve.
11- A couve é cósmica: de proximidade em proximidade, a couve toca em tudo: as minhas nádegas na minha couve, os meus dedos na minha couve, couve na mesa, couve nas fundações, couve no magma central da terra e nos deslocamentos das placas tectónicas.
12- Isto é a minha couve = asserção muda constante da sua própria omnipresença.
13- A couve é uma descarga sensível, erótica, afectiva.
14- A couve é o em si do para si. Na relação consigo própria ela é o momento sem relação. É apenas efectiva. Mas é-o absolutamente.
15- A couve toca em tudo com a ponta do seu talo ossudo. E tudo acaba por fazer couve, até ao corpus de poeira que se junta e executa uma dança vibrante na fina pincelada de luz em que se finda o derradeiro dia do mundo.
16- A couve exprime o espírito, fá-lo jorrar para fora, espreme-lhe o sumo, fá-lo suar, arranca-lhe centelhas e atira tudo para o espaço. A couve é uma deflagração.
17- A couve tocada, tocante, frágil, vulnerável, sempre em mutação, fugidia, inatingível, evanescente sob a carícia ou sob o golpe, couve sem crosta, pobre couve esticada por sobre uma caverna onde bóia a nossa sombra...
Obrigados.
Postada por toscamista a.k.a. rosa maria a.k.a. billy vanilli às 00:47 12 dixotes
quarta-feira, novembro 15, 2006
Isabelle est belle!
Como sempre desconfiámos,
Isabelle é algo abichanada
Isabelle é cor-de-rosinha
Isabelle é écharpes
Isabelle é dançar Dead or Alive, Human league e outras pops electrónico-kitschs da década de 80
Isabelle é sensível
Isabelle gosta de almofadinhas
Isabelle gosta das palavras folhos e patine
Isabelle gosta de poesia
Isabelle lê Al-Berto
Isabelle usa pó-de-arroz
isabelle sabe fazer e escrever correctamente ragout e cassoulet
isabelle não é apenas vermelho e magenta. É também cereja e carmesim
Isabelle tem amigos gatinhos brancos e queridos
Isabelle gosta de cãezinhos amarelos
Isabelle diz “cãozinho”
Isabelle tem ursinhos de peluche chamados Lecas (com as orelhas chamuscadas por bicos de fogão)
Isabelle gosta de pêlos sedosos
Isabelle é Queirós do Vale
Isabelle é Ophélia Queirós
Isabelle é pantufas com pelinho
Isabelle é comichão no rabo quando ouve o Iglesias filho
Isabelle é “uhhhh uhhhhhh well well shup urup up up I love you (yeah, yeah) now and forever,”
Isabelle é “mishimis”
Isabelle faz “shupipipi shiimimi” às pessoas
Isabelle gosta de bochechas
Isabelle é o “baiser de l’hotel de ville”
Isabelle tem fotos queridas na parede
Isabelle é alcatifa
Isabelle é aquelas caixinhas de musica em miniatura queridas
Isabelle é lápis de cera
Isabelle é joaninhas
Isabelle é primavera
Isabelle é naperon
Isabelle é mon petit chou
Isabelle é palavras francesas em geral
Isabelle é bolinhos com creme
Isabelle é scones
Isabelle prepara cházinhos com mel
Isabelle é beijinhos repenicados
Isabelle é abracinhos
Isabelle é inhos
Isabelle é meninos lourinhos, fofinhos e traquininhas
Isabelle é carinho
Isabelle é cócó
Isabelle é uns queridos
Isabelle é umas queridas
Isabelle é uma mulher
Isabelle é Amor
E Isabelle é Humor
Veja-se:
http://mulher.sapo.pt/XtC5/704918.html
Postada por DJ Couve a.k.a. Abono Vox de Família às 20:07 19 dixotes
Novo album de Isabelle para breve?
Herculea tarefa.
Keith Jarrett meets Eurico A. Cebolo meets Jean Michel Jarre meets Graciano Saga.
Carai.
terça-feira, novembro 14, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Sopas e roque
Os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho, apresentam como sexta música do seu último álbum, «You say hello and I say Bairrada», «Roque da sopa».
De acordo com o senhor Jacaré, reviewer oficial da banda, esta música «surpreende-nos ao fazer jogar um tema prosaico (como o da gastronomia) com uma voz alienada, reclamando o direito ao plural gosto por sopas diferentes, a refeições diferentes (a metáfora do mundo moderno é óbvia)».
De facto, num mundo cada vez mais padronizado e rotulado, tomamos consciência que há uma menor escolha no que concerne às sopas. Como ouvi aqui há uns tempos, a sopa que mais abunda nos restaurantes por esse país fora é a de legumes e, muitas vezes, transformada num mísero creme. Até a lendária sopa da pedra foi standardizada e é agora vendida como «fast food» em qualquer centro comercial nos arredores sub-urbanos, feita com ridículos cubos de caldo quem nem Knorr devem ser - e muito menos Maggi - e com meia dúzia de bocados de carne do corno da vaca.
É de notar que esta ode à sopa e ao inconformismo faz parte do mais recente filme bloquebâster «Steinz za Movie», que estreou recentemente no Pavilhão Gimnodesportivo de Valverde.
terça-feira, novembro 07, 2006
Isabelle é pod-casta
Isabelle está a entrar lá bem dentro do novo mundo das novas tecnologias audio-digitais. Fazendo parte de um gigantesco plano para dominar totalmente o panorama musical universal, chutando, assim, o cu da Floribela e quejandos, os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho lançam-se no mundo dos «podcasts».
E o que é esta treta? De acordo com a Wikipedia, o «podcasting» é uma forma de publicação de programas de áudio, vídeo e/ou fotos pela Internet que permite aos utilizadores acompanhar a sua actualização. Estes ficheiros de aúdio podem ser actualizados automaticamente mediante uma espécie de assinatura. Os arquivos podem ser ouvidos diretamente no «browser» ou descaregados no computador. Os programas ou arquivos, gravados em qualquer formato digital (MP3, AAC e OGG são os mais utilizados nos podcasts de áudio), ficam armazenados num servidor na internet. Por meio do feed RSS, que funciona como um índice actualizável dos arquivos disponíveis, novos programas de áudio, vídeo ou fotos são automaticamente descarregados para o leitor através de um agregador, um programa ou página da internet que verifica os diversos «feeds» adicionados, reconhece os novos arquivos e descarrega-os de maneira automática para a máquina. Os arquivos podem ainda ser transferidos para leitores portáteis.
Bom, como é uma coisinha bonita e altamente hi-tech, Isabelle tem. Portanto, cliquem na imagem ver-couve que esta aqui em baixo para acederem às músicas de Isabelle podcastadas. A dita imagem vai manter-se no menú do lado esquerdo para ninguém se esquecer.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Nova Colecção Outono/Inverno
domingo, novembro 05, 2006
Allah Arco-Bar
Nos roteiros gastronómicos Isabellianos, empreendidos nesta cidade de Coimbra, por dois operacionais da Couve - um deles oculto -, eis que foi descoberto um reduto do marialvalismo-povo, cujas especialidades mais sucolentas e apetecíveis são a sandocha de queijo de Castelo Branco em pão da Mealhada prensado e ligeiramente aquecido e a bela da bifana com molho de leitão, envolta nesse mesmo pão e de acordo com o mesmo método.
Por entre alguns príncipes de cerveja branca e de côr, este é um local onde abundam as regabofianas piadas de Al-Jahime, empregado de balcão dedicado, e o afago fraterno de duas beijocas na face de Muhamad Al-Fonso, que aquecem o coração de todos os convivas que, em noites de Inverno, procuram o aconchego de um Al-Tasca com história e turbante.
Dúvidas não restam deste ser um sítio a pensar para próximas reuniões clandestinas do grandioso Exército de Libertação da Couve - ELC.
Allah Arco-Bar!
P. S. - Como em toda a boa tasca, sabemos também haver um papel de mesa, transformado em anúncio publicitário, onde se pode ler «Há caldo verde», esse nectar Isabelle que tem talo e é couve.
(posta elabora em compadrio com xôtor Biri - pão de law)