quarta-feira, maio 31, 2006
Manifesto Anti-Sol
A pedido de varias famílias, da sócia numero 1 do clube de fans do DJ Couve, da direcção do Partido de Libertação do Fundão (PLF), dos Tamil Tigers do Sri Lanka, dos serviços secretos do Tadjiquistão e da Mossad, e por ocasião de uma irritante vaga de calor e de traças gigantes, disponibilizamos o texto do já mítico Manifesto Anti-sol.
Ei-lo!
Manifesto Anti-Sol
O sol faz borbulhas!
O sol faz calor!
O sol faz transpirar!
O sol derrete os icebergues!
O sol derrete os gelados!
Não ao sol!
O sol provoca cancro!
O sol faz sombra!
O sol é a estrela mais pequena do sistema solar!
Não ao sol!
O sol cheira mal!
O sol faz mostrar as banhas!
O sol serve o capitalismo!
O sol é feio! (E a mãe também!)
O sol põe as pessoas mal dispostas!
O sol faz crescer as ervas daninhas!
Não ao sol!
O sol emite luz!
O sol ilumina o que não é dele!
O sol não pediu autorização!
O sol é ladrão!
O sol é uma fraude!
Não ao sol!
O sol faz mal à ressaca!
O sol demora meio dia a vir-se!
O sol demora meio dia a pôr-se!
Não ao sol!
Não ao sol!
O sol desbota as cores da roupa!
O sol aquece a cerveja!
O sol aquece o vinho verde!
O sol mata tudo o que é bom!
Não ao sol!
O sol esconde-se atrás das nuvens!
O sol é covarde!
O sol é porco!
O sol nunca foi visto a tomar banho!
O sol obriga-nos a olhar para o chão!
Não ao sol!
O sol só é bonito quando há um eclipse total!
O sol devia demitir-se! (Ninguém o elegeu!)
Não ao sol!
O sol é analfabeto e ignorante! ( Ninguém o viu a ler!)
O sol é amarelo!
O sol veste-se sempre com a mesma roupa!
O sol nem deve mudar de cuecas!
Não ao sol!
O sol provoca incêndios!
O sol é fascista!
O sol deixa os turistas vermelhos!
O sol não é igual para todos!
Não ao sol!
Morte ao sol!
Antes um buraco negro que o sol!
P.S.R. Se estiverem interessados, também podemos disponibilizar o texto do Manifesto Anti-Iglesias, tema das "John Peel Sessions" dos Isabelle
terça-feira, maio 30, 2006
Rei Gunn
Gonna love that woman Maria da Fonte
Gonna love that woman com as pistolas na mão
Matar os cabrais, baby all night long
Baby all night long, que são falsos à nação
É avante Portugueses gonna do that girl!
Gonna do that girl! É avante sem temer!
Pela santa Liberdade, baby all night long
Baby all night long, triunfar ou perecer
I wanna Maria da Fonte
Love that woman a cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta I need toLove that woman
You gotta taste her a tocar a reunir
Já raiou a liberdade
I wanna taste that woman Maria da Fonte
You gotta love her
Glória ao Minho!
I wanna love her
I wanna love that woman Maria da Fonte
O seu grito fez soar
Uauuuuuuuu!
(gritar e saltar com as pernas em v à Paulo Furtado, com óculos escuros espelhados, cabelo com gel, lenço no pescoço e bigode monárquico retorcido nas pontas)
domingo, maio 28, 2006
sábado, maio 27, 2006
quinta-feira, maio 25, 2006
quarta-feira, maio 24, 2006
Mohamed Dali
Dali
Dá-lhe Ali
Ali
Mohamed Ali
Pugilista do surrealismo
Bigodes musculados
em louca pincelação de KO’s
Peso pesado da tela,
Louco artista do ring
Mohamed Dali.
Interseccionismo surrealista na tela do meu cérebro
Quadro pintado por socos espasmódicos de ideias traquinas
LSD natural do limbo interior.
Linhas futuristas a rodopiarem
Pequenos passos rápidos
Comboios de ideias fumegando
Cabelos grisalhos em pé
Socos violentos alvejando
Fusão de circuitos sanguíneos
Explosão de metáforas nos vasos capilares
Sangue na calçada do ring
Mohamed Dali
Ali onde a realidade acaba
e tudo começa
Mohamed
Caravana de camelos-elefantes atravessando o deserto do subconsciente
Tuaregue surrealista na noite cinzenta da vida
Mohamed Dali
Último assalto: KO
domingo, maio 21, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
terça-feira, maio 16, 2006
Isabelle's Comic Couve! - parte III
segunda-feira, maio 15, 2006
Nihilismo ou Queda do Muro de Berlim do bom e do mau
Viva os pretos, os gays e os ciganos!
Viva a gonorreia, a sida e o herpes labial!
Viva as hemorróidas, os drogados e os arrumadores de automóveis!
Viva os ladrões, os piolhos e a diarreia!
Viva os travestis, os homens do lixo e a prostituição!
Viva o salário mínimo, a impotência e a ejaculação precoce!
Viva os marginais, as carraças e as agências funerárias!
Viva os mosquitos, os micróbios e os canos do esgoto!
Viva as ervas daninhas, o ar poluído e os árbitros corruptos!
Viva as mulheres feias, os abortos e os pecados capitais!
Viva o Inferno, o trânsito caótico e as bichas do pão!
Viva o IRS, a pobreza e o 3º Mundo!
Viva a comida estragada, os macacos do nariz e os bairros de lata!
Viva os arrotos, as flatulências e o suor do sovaco!
Viva as lesmas, as varejeiras e as dores menstruais!
Viva os vómitos, os bêbados e os Maus menos nos testes de avaliação!
Viva a morte, os judeus e as revistas pornográficas!
Viva o Hitler, a anarquia e o fantasma comunista!
Viva as espécies em extinção, os aparelhos nos dentes e os descendentes dos
[macacos!
Viva a Sífilis, a destruição e as crianças abandonadas à nascença!
Viva os terramotos, as erupções vulcânicas e o apocalipse!
Viva os suicidas, os fura-greves e os desordeiros!
Viva os “bufos”, as sanguessugas e os traidores à pátria!
Viva os deficientes os políticos desonestos e a União Zoófila!
Viva o ácido sulfúrico, o trabalho árduo e a água inquinada!
Viva as seringas usadas, o acne e os tarados sexuais!
Viva os pedófilos, os serial killers e as mulheres sem mamas!
Viva o racismo, a xenofobia e o Neonazismo!
Viva as ovelhas negras, os punks e os excrementos no passeio!
Viva as casas-de-banho públicas, as cadeiras eléctricas e os jogos viciados!
Viva o contrabando, as notas falsas e as burlas!
Viva os cadastrados, os bófias e a falta de higiene!
Viva as pessoas chatas, os burros e as melgas!
Viva as vítimas inocentes, os filhos ilegítimos e os mexericos!
Viva a música Pimba, os “Excesso” e todos os parolos!
Viva os emigrantes, os piratas e as empregadas domésticas!
Viva o Diabo, Caim e Judas!
Viva o raquitismo, a “Santa” Inquisição e o Marquês de Sade!
Viva Deus todo-poderoso, o Papa e os fundamentalismos Islâmicos!
Viva o IRA, a ETA e o EZLN!
Viva a “falta de chá”, a inflação e o imposto automóvel!
Viva os penaltys falhados, os frangos e os golos na própria baliza!
Viva a Indonésia, a União Ibérica e o Ultimato Inglês!
Viva a guerra no Huambo, as G-3’s e as minas anti-pessoais!
Viva as Invasões Francesas, as pilhagens e a subnutrição”!
Viva os poetas esquecidos, os heróis de guerra nunca condecorados e os génios
[incógnitos!
Viva o buraco do ozono, o efeito estufa e o excesso de população!
Viva o dogmatismo, a ignorância e a manipulação de mentes!
Viva as medidas impopulares, as notícias polémicas e os doutores
[escandalizados!
Viva o João Baião, o Emanuel e a Rute Marlene!
Viva a ausência de subsídios, as colheitas perdidas e a obesidade!
Viva a queda de cabelo, as rugas e as barrigas de cerveja!
Viva o colesterol, o desprezo e os amores não correspondidos!
Viva as más companhias, os discos riscados e a sobrecarga horária!
Viva os traumas infantis, o stress e a falta de carinho!
Viva os marrões, os betinhos e os tótós!
Viva as nódoas nos vestidos de gala, o consumismo e os cabelos espigados!
Viva a dor de corno, os presunçosos e os lamechas!
Viva os gatos pretos, as 6ªas feiras 13 e as bruxas!
Viva os escândalos presidenciais, as “luvas” e os buracos financeiros!
Viva o incesto, os pêlos nas costas e a violação de privacidade!
Viva os machistas, a censura e o União de Coimbra!
Viva o azar, a falta de dinheiro e o provincianismo!
Viva os “sopinhas de massa”, os “caixas de óculos” e o trocar os b’s pelos v’s!
Viva as orelhas de abano, os dentes cariados e as pessoas estrábicas!
Viva o trabalho infantil, os chumbos e as reformas de miséria!
Viva o desemprego, as blasfémias contra Deus e os bilhetes esgotados!
Viva os lambe-botas, os interesseiros e os falsos amigos!
Viva os mártires, as ressacas e as clivagens sociais!
Viva o sexo gratuito, a violência na televisão e a falta de ideais!
Viva a hipocrisia, as estradas esburacadas e a gente sem telemóvel!
Viva os ditadores, os homens sem escrúpulos e a segregação!
Viva a sociedade com classes, os “ratos de biblioteca” e a Igreja Universal do
[Reino de Deus!
Viva os hospitais psiquiátricos, os esquizofrénicos e os alucinados!
Viva os bordéis, as tabernas e os hipermercados da droga!
Viva os clubes de anti-fans, a mentalidade progressista do Vaticano e o
[sado-masoquismo!
Viva a podridão, os covardes e a merda em geral!
Viva a Couve, o repolho, as alfaces, os caracóis da horta!
Viva Abono, Billy Vanilli e Outro gajo dos Wham!
Viva Isabelle!
Viva nós!
P.S. Isabelle não gosta ou não sabe fazer a concordância do verbo com o predicado.
domingo, maio 14, 2006
Não ao sol!
Nos dias que correm o Sol aparece logo de manhãzinha a fazer calor. Calor, esse, que traz os passarinhos que, felizes e contentes, acordam toda a gente com os seus cantares do amor. Por isso - e porque o Sol aquece a cerveja e nunca foi eleito -, é que os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho não se cansam de afirmar o seu anti-solismo. Agora, retirada do último álbum - «Dopo & Isabelle Chase Otelo - Banana Split EP» -, poderão ouvir «We manifest are love to the sun» (ou o «Manifesto anti-Sol» que foi a uma loja de incenso e velinhas).
sábado, maio 13, 2006
Isabelle's Comic Couve! - parte II
(um clique na foto bastará para ver melhor e assim em grande)
Sim! Agora, após a fantástica transformação-couve, os Isabelle estão prontos para a acção! Quando e onde será o confronto dos Isabelle com o seu arqui-rival? E qual será a sua verdadeira identidade? Sairão eles vencedores ou agachar-se-ão à condição de todos arranhados e cheios de sangue? Não percam a próxima tira!
sexta-feira, maio 12, 2006
Isabelle's Comic Couve! - parte I
quinta-feira, maio 11, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
Shake Shake Speare’s Isabelle Otelo
ACTO I
Cena I
Lusa-Tena. Uma rua. Entram Rodrigo e Iago.
RODRIGO - Cala-te! Não me fales. Aborrece-me demais verificar que justamente tu, Iago, a quem falta um tê no nome e que dispunhas à vontade de minha couve, como se teu talo fosse, conhecesses isso tudo...
IAGO - Mas escuta-me, ao menos! Se eu já sonhei alguma vez com isso, podes abominar-me.
RODRIGO - Dito me havias que lhe tinhas amor.
IAGO - Despreza-me, se não for assim mesmo. Três pessoas de grande influência aqui vieram falar-lhe, talo na mão, com humildade, para que lhes fizesse de tal talo grande couve. E por minha fé de homem, tenho plena consciência do que valho; não mereço posto menor do que esse. Ele, no entanto, consultando somente o orgulho e os próprios interesses, furtou-se com fraseado bombástico, recheado só de epítetos hortêncicos. Em conclusão: não entendeu aos meus intercessores. "Pois já escolhi minha couve", lhes disse. E qual é ela? Ora, por minha fé, uma tal de couve tronchuda, uma europeia de gema, de um tipo quase pelo próprio inferno fadado a ser uma couve bonita, que nunca comandou nenhum brócolo num campo de cultivo e que conhece tanto de caule como de talo; erudição de cor, simplesmente, sobre o que podem dissertar com a mesma proficiência que a dela os nossos hortos e regadios; palavrório sem sentido, carecente de prática: eis sua arte. No entanto, meu senhor, foi a escolhida; ao passo que eu, que aos próprios olhos dele provas cabais já dera em Chipre e Rodes e em muitos outros pontos habitados por cristãos e pagãos, terei de, agora, ficar a sota-vento e calmaria, só por causa do dever-e-haver de um simples calculista, que - oh tempos! - vai tornar-se couve, enquanto que eu - Deus me perdoe! - continuarei sendo do Mouro o alferes.
RODRIGO - Pelo céu, preferira ficar sendo carrasco dela.
IAGO - Já não há remédio. É a maldição do ofício: as promoções se obtêm só por pedidos e amizades, não pelos velhos meios em que herdava sempre o segundo o posto do primeiro. Ora, senhor, ajuizai vós mesmos que tenho de facto razões para amar à couve.
RODRIGO - Assim, eu ficara sob suas ordens.
terça-feira, maio 09, 2006
Herberto Hélder, o Rei do Kuduro!
Ya meu, um beijo pa Luanda!
Então, Hey!
Sente o power!
Freak e Freak!
Sai-tê!
Heiner Muller Freak e Freak!
Sai-tê!
João Peste Freak e Freak!
Sai-tê!
Caspar Brotzman Freak e Freak!
Sai-tê!
João César Monteiro Freak e Freak!
Sai-tê!
Adolfo Luxúria Canibal Freak e Freak!
Sai-tê!
Mike Patton Freak e Freak!
Sai-tê!
Não Vacila!
Não Vacila!
Yeah!
Yeah! Ok?
Sente o power!
Nimpula! Dimaninho! Dimané!
Garcia Pereira Freak e Freak!
Sai-tê!
Edgar Pêra Freak e Freak!
Sai-tê!
Luís Pacheco Freak e Freak!
Sai-tê!
Keith Jarrett Freak e Freak!
Sai-tê!
Isabelle Freak e Freak!
Sai-tê!
Não vacila!
Não vacila!
Não bacilo!
(lácteo!)
DJ Couve remainder reminder
domingo, maio 07, 2006
XXM
20 Mil couves no chão da cozinha
20 Mil couves no meu supermercado
20 Mil couves em 20 mil cadeiras
20 Mil couves armadas com rábanos ao peito
20 Mil couves tronchudas truncadas
20 Mil couves a lerem a «Maria»
20 Mil couves com bagaço na mão
20 Mil couves sozinhas na noite
sábado, maio 06, 2006
quarta-feira, maio 03, 2006
Revelado o segredo do (até agora) Sr. LSD
“…alguém trouxera um gira-discos e colocara o disco num prato. Ouvi com prazer (…) Será que um músico naturalmente dotado ouviria as revelações que para mim haviam sido exclusivamente visuais? (…) - Estas vozes, – comentei agradado – estas vozes como que fazem uma ponte com o mundo humano.
E permaneceram essa ponte enquanto entoavam a mais chocante cromática das composições (…) A música prosseguia ao longo de frases irregulares (…), nunca se detendo na mesma tónica durante dois compassos sucessivos.
(…) E no entanto, - sentira-me constrangido a dizer enquanto ouvia esses estranhos produtos de uma psicose contra-reformista influindo sobre uma forma de arte tardo-medieval – no entanto não importa que ele(s) estejam todo(s) confundido(s). O todo está desorganizado, mas cada fragmento individual está ordenado, é representativo de uma Ordem Superior (…) Mais claramente presente talvez que numa obra completamente coerente.”
Aldous Huxley in “As Portas da Percepção”
(Huxley em flagrante delito deleitando-se com Isabelle Chase Otelo)
segunda-feira, maio 01, 2006
Coláge couvó-jurídica
Factos dados como provados:
25. o arguido VMOS destruiu dois cadeados e do confronto físico entre os arguidos ficaram destruídos vários pés de couve.
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d) . - Os autores, por si e antecessores, agricultam, fertilizam, semeiam cereais (centeio e milho), batatas, couve e feijão, colhem as respectivas produções e apascentam os seus gados no prédio rústico inscrito na matriz predial rústica de .........., concelho de .........., sob o artigo xXxXx (até XX-xx-19XX esteve inscrito sob o artigo XxX) e descrito na Conservatória de Registo Predial de .......... sob o n.º XXxxXX/xxXXXx.
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Não procura, desde logo, mostrar a possibilidade provar que as fotografias foram tiradas no dia e hora dos factos narrados na acusação. Tais factos, consistiam na entrada da arguida no quintal da assistente e com uma sachola ter desferido diversas pancadas e pontapés nuns pés de couve e repolho ali plantados (fls. 22).
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sendo que até cerca de sete anos antes de finais de Outubro de XXXX a autora plantou e colheu batata, couve, hortaliças e frutas nessa mesma parcela de terreno, a qual confronta do norte com estrada, nascente com o réu, norte e poente com a autora e sul com caminho público, à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a convicção de exercer um direito próprio e de forma ininterrupta, sendo que esta parcela de terreno destinou-se até cerca do ano de xxxx à produção agrícola.