leva a crença a fraqueza a moldura
testa a condição implodida em câmara lenta
arranhar-te de dentro para fora
arranhar-te até me doer a mim
defende a velocidade invertida
verter-te em direcção ao Nada
sempre depois da certeza desenhada depois
sempredepoissempredepoissempredepois
frio à espera de frio depois de
nunca à espera de
as pernas a quererem deixar de ser pernas
sempredepoissempredepoissempredepois
arrancar-te as veias de olhos fechados
não sorrias depois
à espera de depois não sorrias
se te calasses
assim
a olhar para a esquerda
as mãos mais abaixo
e não digas que
encostar-te a um vazio qualquer
poltrona braços de madeira festas agudas
isso não
espera
sempredepoissempredepoissempredepois
vai ao desliga o quando é que
basta-me
isso basta-me
não quero saber se depois
se à espera
isso basta-me
sempre depois da despedida
outra
sempredepoissempredepoissempredepois
restos das páginas escritas
mesa sem abanar
luz da esquerda
hino da alegria
esquecer-te
Há 5 anos
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