Custa-me acreditar que as dunas,
tal como os dígitos recém-nascidos,
possam algum dia sonhar com dias lilases.
Muito depois da beleza frenética ter arrepios de frio,
a tarde vasculha nas lixeiras de pores dos sóis
e esquece a vontade de ferir em pedaços
os segundos pasmados e circulares
que antecedem
a escuridão coberta de poeira.
Há 5 anos
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