Um livro em branco é um bom livro por assassinar.
E se eu fugisse depois de dar o tiro?
Acho que a bala ia atrás de ti...
Manda-a parar e convida-a para tomar um café.
Talvez no bar debaixo do viaduto-horizonte.
Para ser atropelado por avião voador.
Carrega no botão do semáforo junto à passadeira rolante.
Atravesso perpendicular e depois paro vinte centímetros acima
E vejo a carnificina fascinante das aves de rapina.
Já vejo os abutres debicando metáforas por entre pausas para cigarro.
Ah! Pequenos cilindros de nicotina esvoaçando no deserto da profundidade azul...
Por outras palavras: pequenas profundidades esvoaçando no deserto azul da nicotina cilíndrica.
Quero um arco-íris bêbado. Cada cor vagueando para seu lado numa etilização colorida.
E no fim do arco-íris estará uma caneca de cerveja-dispersão.
E já não estaremos em Carcavelos...
Carcavelos... Caravelas rumando à Índia da semântica.
Quem me dera naufragar em todos os mares ao mesmo tempo...
segunda-feira, junho 23, 2008
Antologia do Cadáver Esquisito - Parte III: Cadáver Esquisito em branco
domingo, junho 22, 2008
sexta-feira, junho 20, 2008
quarta-feira, junho 18, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
Antologia do Cadáver Esquisito - Parte II: Cadáver esquisito com uma quebra nas costas
Se eu comer muita sopa de letras talvez um dia me nasça um poema na minha barriga
Para depois arrotar um romance.
Uma frase chega. E nada mais.
Porventura somente uma palavra... ou mesmo uma vírgula... ou simplesmente o silêncio...
Shiu!... Estou a pensar.
A pensar em quê?
Na relação promiscua entre o verniz desta mesa e este papel.
Vou-me embora. Estou farta de ser eu.
Muito embora ser eu seja não ser eu.
Um espelho fragmenta-se numa miríade de similitudes divergentes. Onde está o Eu?
Está aqui ao pé de mim.
Não estou não.
Sim uotse sim.
Horror! Horror!
Qualquer palavra dita duas vezes é um poema dito pelo Bruce Lee.
Uhooooh! Uhoooo! Yhahuuu! Álvaro de Campos kungfueta.
Oh pá! Acho que me enganei na sala...
Aquele trampolim não devia estar ali...
Sim, posso cair dentro de mim mesmo.
segunda-feira, junho 16, 2008
domingo, junho 15, 2008
sábado, junho 14, 2008
Antologia do Cadáver Esquisito - Parte I: Cadáver esquisito balnear
O Fanã existe e é treinador.
O esférico que gira sobre o relvado não é a Terra.
Ando à volta e fico branco.
Um comboio com bandeiras é uma alarvidade.
Fico, e corro, e deixo a hora a ver.
Pelo que temos que coser os olhos com língua de manteiga.
Derreto o tempo em estradas azuis.
As baleias nidificam na garganta dos jurdomonteses gigantes.
Não fiquei. Não gosto de me sentir debaixo.
Por cima do ovo estrelado do Kalimero estrabizante.
Cloro e cloreto. Os dois e eu.
O mundo de cada um é uma abstracção azul.
Azul, ou outro espaço qualquer
Um se faz de morto quando o anzol é uma cabeleira loira.
DJ Couve
O Outro Gajo dos Wham
sexta-feira, junho 13, 2008
quinta-feira, junho 12, 2008
Amor de Fan - Parte I
quarta-feira, junho 11, 2008
Selecção Isabelle
Isabelle apoia o jogo da selecção da bola, até porque os rapazes estão a ganhar 1-0.
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